Conforme anunciamos no Rápido & Rasteiro de agosto de 2025, a cidade de Belém, capital do Pará, está recebendo a Exposição Amazônia, do fotógrafo Sebastião Salgado, a partir deste mês de outubro. Será a primeira apresentação após o falecimento de Salgado no dia 23 de maio e a terceira passagem da mostra pelo Brasil — as duas anteriores ocorreram em 2022: em São Paulo, no SESC Pompeia, e no Rio de Janeiro, no Museu do Amanhá.

Idealizada pela curadora Lélia Wanick Salgado, “Amazônia” é uma exposição imersiva: um mergulho no coração da floresta e um convite para ver, ouvir e refletir sobre o futuro da biodiversidade, a urgente necessidade de proteger os povos indígenas e preservar um ecossistema imprescindível para o planeta.
A abertura ao público será no dia 4 de outubro, às 10h, no Museu das Amazônias, equipamento cultural que integra o Porto Futuro II, no bairro do Reduto, em Belém, às margens da Baía do Guajará.. A mostra exibe o resultado de sete anos de experiências e expedições fotográficas de Sebastião Salgado na Amazônia brasileira e ficará aberta gratuitamente até fevereiro de 2026.
“É uma emoção imensa ver a obra de meu pai dialogar com o público em Belém, em plena Amazônia, território que sempre ocupou lugar central em seu olhar e em sua luta. A exposição reafirma a potência da arte como instrumento de transformação e a importância de mantermos vivo o legado que ele e minha mãe, Lélia, construíram com tanta dedicação por meio do Instituto Terra”, diz Juliano Salgado.
A exposição chega à capital paraense com patrocínio Global Master da Zurich Seguros, patrocínio Master do BNDES e do Fundo Amazônia e patrocínio Ouro do Itaú. A produção é da Maré Produções. O projeto conta com apoio institucional da Ernst & Young e do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), além de parceria institucional do Museu das Amazônias, do Museu Goeldi e do Governo do Pará. A realização é do Ministério do Turismo e Esporte, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Ministério da Cultura e do Governo Federal – Brasil União e Reconstrução.
“O BNDES tem orgulho de apoiar a exposição Amazônia, de Sebastião Salgado, um dos mais destacados fotógrafos do planeta, que dedicou toda a sua vida à preservação ambiental. Suas imagens traduzem a força da floresta e de seus povos e nos lembram da responsabilidade de preservar este patrimônio vivo. Às vésperas da COP30, a exposição reafirma o papel do Brasil como protagonista na luta pela preservação da Amazônia e na construção de um futuro mais justo e sustentável”, afirma Aloízio Mercadante, presidente do BNDES.
Acompanhada de uma criação sonora – uma composição original do músico francês Jean-Michel Jarre, feita a partir dos sons concretos da floresta –, a exposição também dá voz às comunidades ameríndias. Além das mais de 200 fotografias, são exibidos sete vídeos com testemunhos de lideranças indígenas sobre a importância da Amazônia e os problemas enfrentados atualmente em sua sobrevivência na floresta.
“A obra de Sebastião Salgado nos lembra que a Amazônia é feita de encontros entre humanos e não humanos, por vozes que ecoam da floresta para o mundo. Ao integrar a abertura do Museu das Amazônias, sua fotografia se transforma em um chamado coletivo pela defesa desse território vivo diante das ameaças que o cercam”, destacam Francy Baniwa, Helena Lima e Joice Ferreira, curadoras do museu.
As fotografias, feitas por terra, água e ar, revelam a floresta, rios, montanhas e a vida em 12 comunidades indígenas, em uma Amazônia ainda pouco conhecida, que surpreende pela cultura e engenhosidade de seus povos, seus mistérios, sua força e sua incomparável beleza. Esse denso universo marcou o olhar do fotógrafo com imagens impressionantes, em sua maioria inéditas para o público.
A exposição apresenta ainda dois espaços com projeções fotográficas. Um deles mostra paisagens florestais ao som do poema sinfônico Erosão – Origem do Rio Amazonas, do compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos (1887-1959); o outro revela retratos de povos indígenas, com trilha especialmente composta por Rodolfo Stroeter.
“O apoio à exposição está alinhado ao compromisso do Itaú com a agenda climática. O banco tem uma trajetória consolidada na promoção da sustentabilidade, e esta mostra, realizada pouco antes da COP 30, representa um marco cultural e simbólico que reafirma esse compromisso. Acreditamos que a arte tem o poder de sensibilizar e mobilizar, exercendo papel fundamental nesta jornada pela proteção da floresta e dos povos que nela vivem”, afirma Luciana Nicola, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Itaú Unibanco.
Ao final, um espaço dedicado ao Instituto Terra apresenta o trabalho realizado por Lélia e Sebastião Salgado desde 1998, que envolve o reflorestamento de cerca de 600 hectares de Mata Atlântica em Aimorés (MG), o cultivo de milhões de mudas de árvores em extinção e a capacitação de jovens ecologistas para atuarem na proteção e conservação da biodiversidade.
A Exposição Amazônia é patrocinada globalmente pela Zurich Insurance Group, que desde 2020 também apoia, de forma exclusiva, o projeto de reflorestamento e biodiversidade do Instituto Terra, fundado por Sebastião e Lélia Wanick Salgado.
“A parceria global estabelecida pela Zurich com Sebastião Salgado reflete nosso compromisso em proteger o futuro do planeta e de todos os seus habitantes. Imagem por imagem, a exposição revela o delicado e precário equilíbrio entre a natureza e os seres humanos. Graças ao cuidado meticuloso de Lélia Wanick Salgado, a mostra se integra perfeitamente à nossa visão, dando-lhe ainda mais impulso. Desde 2020, com o projeto Floresta Zurich, apoiamos o Instituto Terra na restauração da Mata Atlântica, garantindo sua biodiversidade por meio do plantio de um milhão de árvores. Em 2022, a Zurich ampliou seu apoio, permitindo que a organização quase triplicasse sua área de restauração até 2024. Também contribuímos com a aquisição de equipamentos e a construção de um novo viveiro para expandir a produção de mudas”, destaca Edson Franco, CEO da Zurich Seguros no Brasil.






A coletiva de imprensa foi um momento de compartilhar a emoção da inauguração da Exposição Amazônia, no coração da região, em Belém do Pará. Participaram:
Juliano Salgado (filho de Sebastião Salgado) – Presidente do Instituto Terra.
Ursula Vidal – Secretária de Cultura do Estado do Pará.
Sofia Fan – Gestora da área de Artes Visuais e Acervo da Fundação Itaú/Itaú Cultural.
Ricardo Piquet – Diretor Geral do IDG.
Márcio Meira – Assessor do BNDES.
Marcelo Alvala – Diretor Executivo de Operações e TI da Zurich.
Todos falaram com emoção, especialmente aqueles que conviveram com Sebastião Salgado em vida e lembraram seu sonho de trazer essa mostra para a Amazônia.




Além de São Paulo e Rio, a exposição já passou por Paris, Roma, Londres, Manchester (Rápido & Rasteiro de abril de 2022), Avignon (Rápido & Rasteiro de julho de 2022), Califórnia, Zurique (Rápido & Rasteiro de junho de 2023), Milão (Rápido & Rasteiro de maio de 2023), Madrid, Trieste (Rápido & Rasteiro de fevereiro de 2024), Barcelona (Rápido & Rasteiro de novembro de 2024), Singapura (Rápido & Rasteiro de janeiro de 2025) e Cidade do México (Rápido & Rasteiro de fevereiro de 2025).
Serviço:
- Endereço: Av. Mal. Hermes, 14 – Armazém 4A, Complexo Porto Futuro II, bairro do Reduto, Belém
- Funcionamento: de quinta a terça, das 10h às 18h (última entrada às 17h). Fechado às quartas para manutenção.
- Entrada: gratuita
- Horário especial: de 4 a 10 de outubro, das 10h às 20h.
- Nos dias 11 e 12 de outubro, o museu estará fechado para o Círio de Nazaré.

Fontes: Ponto de Pauta|expoamazoniabr
Views: 12