CONFERÊNCIA DE JEAN-MICHEL JARRE NA ‘CISCO CONNECT FRANCE 2025’
O “Cisco Connect France” foi um evento gratuito de um dia promovido pela Cisco (empresa multinacional americana especializada em tecnologia da informação e redes de computadores), que aconteceu no dia 22 de maio de 2025, no histórico Palais Brongniart, em Paris.
A primeira edição do “Cisco Connect France” encerrou-se com uma conferência tão inesperada quanto memorável: a de Jean-Michel Jarre, artista visionário e pioneiro da música eletrônica. Uma conferência excepcional organizada pela “Orators” (agência de palestrantes francesa), a convite da agência de eventos “Sagarmatha”, para dar um toque artístico e prospectivo a um evento resolutamente focado no futuro tecnológico dos negócios.
Conhecido por seus concertos monumentais e sua capacidade de expandir os limites entre música, luz e tecnologia, Jean-Michel Jarre compartilhou com os participantes seus pensamentos sobre o lugar crescente da Inteligência Artificial nos processos criativos.
“A Inteligência Artificial, ou melhor, a imaginação aumentada, provoca as mesmas reações que a fotografia provoca nos pintores, o cinema no teatro ou a música eletrônica nos músicos tradicionais. Cabe a nós torná-la uma ferramenta de expressão, não uma ameaça.”, disse o renomado músico francês.
Nesta conferência inspiradora, ele refletiu sobre os profundos vínculos entre tecnologia, imaginação e responsabilidade, destacando tanto as oportunidades que a Inteligência Artificial oferece para impulsionar a criação artística quanto os limites que precisam ser definidos para preservar a autenticidade do ato criativo.
Em um programa focado nas grandes mudanças digitais — redes, segurança cibernética, data centers, Inteligência Artificial — a apresentação de Jean-Michel Jarre trouxe uma visão sem precedentes, combinando questões técnicas com uma reflexão mais sensível sobre nossa relação com máquinas, inovação e criatividade humana. Sua visão artística e lúcida ajudou a terminar o dia com uma nota inspiradora, ampliando o escopo de reflexão muito além das tecnologias.
Fonte: Orators
REVISTA BRASILEIRA ELEGE ‘EQUINOXE’ COMO VNIL DO MÊS
A edição de junho da revista brasileira “Áudio Vídeo Magazine” (ano 29 – número 318), elegeu o álbum Equinoxe (1978) de Jean-Michel Jarre, como o vinil do mês.
O autor do texto (Christian Pruks) descreve que “Jarre fez o seu trabalho mais interessante entre Oxygene (1976) e o Revolutions (1988), parte por causa da estética (própria, e muito ‘rock progressivo’), parte por causa do experimentalismo interessante, e pelo uso primordial de sintetizadores analógicos, cuja sonoridade ele curte bem mais que as gerações posteriores de instrumentos.”
Segundo Christian Pruks, “o experimentalismo de Jarre, seu som próprio – além da sonoridade dos sintetizadores da época – é influenciado pelo jazz, por várias formas de arte e, principalmente, por sua participação no Groupe de Recherches Musicales, pioneiros da ‘musique concrète’, do musicologista, compositor e engenheiro francês Pierre Schaeffer – que trabalhavam muito com a colagem de sons pré-gravados e loops de fita magnética, no fim da década de 1960.”
Para Pruks, “Equinoxe é tão experimental quanto o Oxygene, mas um pouco mais maduro musicalmente. E, considerando que depois dele vieram pelo menos quatro ou cinco excelentes discos, nos mais de dez anos seguintes, pode-se dizer que sua maturidade musical não era ‘fogo de palha’.”
“Depois de 1990, a sonoridade de Jarre mudou bastante, e pareceu menos interessante”, continuou Pruks. “Mas, vale lembrar que em 1997 ele lançou uma interessante continuação de seu primeiro disco, chamada Oxygene 7–13, e depois Oxygene 3 (2016), e por fim Equinoxe Infinity (2018), sendo que esses três discos seguem um bocado a linha dos originais.”
Christian Pruks recomenda o disco “para todos os fãs de música eletrônica raiz, da época do experimentalismo e dos sintetizadores analógicos, assim como para a maioria dos fãs do rock progressivo original da década de 1970, e de trabalhos de outros expoentes da música eletrônica da época, como o grego Vangelis.”
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Fonte: Clube do Áudio
FALECEU O FÃ MARCORPORATION
Faleceu um grande fã, músico e amigo de Jean-Michel Jarre: Marco vd Hoorn. Marco enfrentava diversos problemas de saúde que, ao longo do tempo, acabaram exigindo demais de seu corpo. Muitos fãs de Jean-Michel se lembram de suas contribuições para a cena “jarreana”, como a vitória na competição oficial de remixes para a faixa “Oxygene 10”. Ele também foi membro da banda “Mercurey”, que fazia covers de Jean-Michel Jarre em eventos de fã-clubes nos anos 1990. Por décadas, Marco foi um verdadeiro ícone da comunidade de fãs de JMJ.
Marco, também conhecido como “Marcorporation”, recebeu uma homenagem do próprio Jean-Michel Jarre em suas redes sociais:
“Acabei de saber da triste notícia da morte de Marco Vd Hoorn, também conhecida como Marcorporation, após a sua brava e longa batalha.
Que ele descanse em paz agora e que o seu espírito permaneça connosco para sempre.
Condolências aos seus entes queridos (JMJ).”
R.I.P. Marco vd Hoorn
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