JARREFAN-BRAZIL MARCA PRESENÇA NA ELECTRONICA WORLD TOUR NO BLUEDOT FESTIVAL

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O Jarrefan-Brazil esteve presente  novamente em um show de Jean Michel Jarre. Desta vez, o nosso co-fundador, Dlaivison Ribamares Silva, que  junto  a noiva estiveram  no BlueDot Festival, em Jodreel Park, no Reino Unido. Ele que havia sido testemunha em 2011 do concerto de Mônaco junto com Ricardo Melo e Arthur Gradim, nos relata em um depoimento este  eletrizante evento.

Dlaivison Ribamares tendo ao fundo o Observatório Lowel no BlueDot Festival.

Dlaivison Ribamares tendo ao fundo o Observatório Lowel no BlueDot Festival.

Chegamos em Manchester no dia 22 de julho a tarde e no seguinte (23/08)  nos programamos para pegar o coach (ônibus) as 10:30, mas infelizmente devido ao atraso do voo perdemos o coach daquele dia, alem de estarmos cansados da viagem.

Com isso fomos de taxi mesmo para Joddrel, onde chegamos por volta das 16:00. A entrada para chegar ao observatório é longa e passamos por algumas entradas. Paramos num setor onde estavam estacionados os táxis e coaches (ônibus). O estacionamento de carros era espalhado e para caminhar até o local central do evento para quem foi de carro era uma longa caminhada.

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Chegamos no lugar do show depois de caminhar uns 200 m, chegamos a entrada onde era feito a revista e posteriormente na segunda entrada eram conferidos os ingressos.

Finalmente chegamos na entrada do observatório, onde haviam várias tendas com diversos eventos simultâneos.

Haviam tendas de palestras sobre o universo, outras sobre grafeno, outras sobre exploração espacial. Alem disso haviam tendas de vendas de gifts do evento, alimentação, etc.

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Encontrei com a Lisa Guy que estava organizando o fanpage do evento de Jodrell e ficamos conversando sobre o concerto. O Fan meeting havia ocorrido mais cedo.

Tentei procurar o Gleen Folkword sem sucesso, durante o concerto.

De acordo com os produtores do evento as drogas eram proibidas, mas não foi o que foi verificado durante todo o evento. O cheiro de cannabis era percebido em algumas partes.

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Depois de visitar algumas tendas fui para onde o evento realmente ocorreria. Estava tocando uma banda com um som interessante (não me atentei ao nome da banda). Ocorria um intervalo de 30 min para a próxima banda ou artista se apresentar.

O próximo foi um DJ que montou um setup simples, com seu laptop e um projetor. Apos ele começou o show do Air.

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Harpa Laser durante “Time Machine”

O show do Air reuniu bastante pessoas, e o fan clube do Jarre começou a se posicionar em áreas específicas.

E havia muito mas muitos fans de Jarre identificados com camisas do evento alem de camisas de concertos anteriores.

No show do Air tocaram os clássicos deles e a performance deles nos sintetizadores (Jean Benoit) e guitarra (Nicolas Godin) foi muito legal.

Sempre agradeciam a plateia usando o vocoder e dizendo ” Merci ” ou “Thank you” sintetizado.

Apos o show do Air, foi feita a entrada para o show principal, de Jean Michel Jarre.

No intervalo do show do Air, comprei o bluedot guide e fomos tirar fotos e lanchar.

Como de costume a música iniciada foi “Waiting for Costeau”.

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Observatório Lowell com projeções de Brian Eno durante o concerto de Jarre.

Durante o show havia uma aglomeração de pessoas entre fans e pessoas que estavam participando do evento. Jarre começo com “The Heart of Noise.

Havia uma preocupação de “pick pockets” (ladrões) durante o show… tinha muita gente de mochila que estava atenta, pelo fato de ser um festival .. mas fui alertado por uma senhora sobre isso.

Logo em seguida começou a tocar “Automatic Part 2”, onde os leds fizeram efeitos interessantes. Alias a ideia de ter 3 painéis de LED em profundidade cria a ideia de 3D que Jarre queria ao vivo, sem precisar de óculos.

“Oxygene 2” veio em seguida, e a multidão aclamou. Nessa versão a parte em que Jarre toca foi a mesma do LP original e não a mais recente que ele fez no último álbum ‘Oxygene Live in your Living Room’.

Depois veio a Circus e a introdução dela é muito legal. Ficou realmente interessante e vivenciar ao vivo essa versão ao vivo. São projetados símbolos geométricos no início da faixa e ela realmente tem uma chamativa tipo Daft Punk.

O show continuou com a track nova ” Web Spinner” que para mim foi apenas para agradar a onda EDM/dubstep nova.

Logo depois veio “Exit”,  e uma serie de imagens projetadas com efeitos tridimensionais. E a pausa para o discurso de Edward Snowden.

A música tem uma pegada psytrance, como já falada … e a parte final empolgou parte do público.

Mas a aclamação foi quando foi feita a transição para “Equinoxe 7”, que foi ovacionada no início e no fim.

A transição de “Equinoxe 7″ para ” Conquistador”  também foi muito interessante .. há uma transição até a entrada conclusiva de Conquistador. Depois Jarre com apoio do Samard/Grenier coloca a guitarra e toca a parte final.

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Segue em seguida a “Oxygene 8”, que realmente na nova roupagem está muito melhor e ouvi-la ao vivo é uma experiência unica.

As faixas já passam praticamente quase todas com faixas de transição .. e assim foi com “Zero Gravity “na versão com Above and Beyond mesclada com Tangerine Dream.

Durante a apresentação de “Brick England” fui alertado por uma fã de um possível pick-pocket ocorrendo nas imediações e isso me tirou um pouco da concentração de ver o “Brick England” por completo. Mas uma coisa notei nessa versão. A voz do Pet Shop Boys é completamente sintetizada e não é igual a do álbum.

Ponto notável a entrada de “Immortals”, uma música que foi aclamada também de início e tem uma performance visual muito interessante.

Em seguida entra “The Architect”  com várias imagens geométricas e retangulares em profundidade com o dinamismo 3D.  Não empolgou muito o público, mas visualmente ficou interessante.

Logo em seguida entra “Oxygene 4”  com intervalos diferentes mas que conta com um visual que achei o que mais combinou em todos os concertos já feitos do Jarre.

A versão em seguida instrumental de “Glory” para mim foi um dos momentos top 3 do show.. A versão de “Glory” empolgou todo o público, foi um clímax no concerto e todos vibraram.

“Equinoxe 4” foi mesclada de certa forma com “Glory” num tom de marcha e em seguida o refrão característico da “Equinoxe 4”.  Foi outro ponto de êxtase do concerto.

Em seguida tivemos o teste da harpa Laser , no qual Jarre fez uns 4 testes (sem nenhum erro de modulação e pitch) e logo em seguida começou a “Time Machine”.

Essa performance foi outro clímax, muito legal.. Tinha gente que nunca tinha visto a harpa laser e estavam boquiabertos.

Agora a música final do Show e que para mim é a melhor de todo o álbum Electronica “Stardust”. Ve-la ao vivo não tem preço. Foi escolhida com sabedoria, pois a música empolgou e fechou com chave de ouro o concerto de Jean Michel Jarre.

Após o concerto Jarre foi ao camarim.  Louis Hallonet (acessor do Jarre ) estava se encarregando da parte de segurança, mas não tive tempo de conversar com ele.

O concerto encerrou e começou outro evento ao fundo , como uma tenda com DJ’s.

O grande problema foi ao voltar para pegar o coach (Ônibus). A fila do estacionamento era enorme e dava voltas. Já a fila para pegar o coach também. Fiquei sabendo que os coaches saíram por volta de 02:00 a.m, enquanto houveram pessoas que tiveram que andar cerca de 2 km para alcançar os carros estacionados.

Fim do concerto.

Fim do concerto.

Alguns fãs falaram que  o concerto “Aero”  na Dinamarca (2002) foi bem pior em termos de organização.

O grande problema que vi no BlueDot Concert foi a falta de organização e segurança. Bebida era permitida, mas o controle de drogas não foi feito de maneira eficiente.

Por sorte conseguimos um táxi que tinha já um booking mas que o cliente desmarcou, e assim conseguimos sair cedo e chegar cedo em Manchester.

Mas o show foi excelente e isso compensou toda e qualquer decepção com os outros itens.

Dlaivison Ribamares Silva

 

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