Após responder ao chat com fãs, no ultimo dia 6 de outubro, o músico francês Jean Michel Jarre, deu uma entrevista ao jornal francês Sud Ouest, dando mais detalhes da sua turnê, que inicialmente seria chamada In-Doors – World Arena Tour, como foi o caso ocorrido neste ano, mas acabou sendo rebatizada apenas de “2010”.
Por que uma turné em teatros?
JMJ : …os fãs veem até mim para me ver em meus shows. Eu quero um retorno maior com meu público. E em uma sala, eu posso trazer a mágica das apresentações Outdoor em um lugar mais perto e com controle melhor da imagem e som que eu poderei oferecer a todos os fãs que estarão imersos neste espetáculo. Nós podemos fazer algumas coisas a mais em uma sala que nos geralmente veemos em um show de TV. O layout oferece mais para as óperas e teatro como os principais shows de rock’n’roll. E as novas tecnicas e a luz do laser, darão a nós uma visão imersa no coração do universo em 3D.
Você enfatiza que “2010”, não é apenas uma data, mas o título de sua turné ?
JMJ :Isto é uma referência a Arthur C. Clarke, um dos grandes escritores de ficção-científica do século XX. 14 anos depois de ter escrito “2001 – Uma Odisseia no Espaço”, ele escreveu, “2010”. Eu sou um grande fã do seu trabalho e levei um choque quando li “2010”, pois eu descobri no final do livro uma dedicatória para mim. Ele explicou que havia escrito o livro escutando a minha música. Eu tinha entrado em contato com ele e ao longo do tempo nos tornamos amigos. Ele morreu no ano passado. Eu quero pagar um tributo por sua visão do futuro de salvar o planeta, igual a minha visão ao criar “Oxygene”. Eu também reconheço sua visão poética do futuro, entre o romantismo e o desespero.
Você sente que influênciou a música eletrônica hoje ?
JMJ : Eu geralmente escuto em jovens artistas elementos que lembram alguns dos meus trabalhos. Como por exemplo, MOBY, que gosta de citar meu nome algumas vezes. Mas nós todos somos influênciados por alguma coisa. Somos esponjas, muitas vezes inconscientemente. Pessoas da minha geração tem a vantagem de ter tido as portas abertas porque antes de nós, não havia nada de novo na música. Temos o privilégio de inocência e virgindade, o que já não existem mais hoje. Caso contrário, isto é fundamental para um artista não ceder à moda. Eu sempre deixei as raízes crescerem. Como uma árvore.
Vídeo da entrevista
Fonte: Sud Ouest/Zoolook.nl/jeanmicheljarre.com
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