“OXYGENE” – 40 ANOS

Oxygene
Oxygene

O SUCESSO MUNDIAL DE OXYGÈNE – 1977

BY JÉRÔME (aerozonejmj.fr)

FONTE: http://aerozonejmj.fr/le-succes-mondial-doxygene-1977/

As vendas do álbum “Oxygène” seriam algo em torno de 18 milhões de cópias até hoje… Um sucesso fenomenal que o torna um dos discos franceses de maior vendagens de todos os tempos, principalmente no exterior.

Um evento discográfico que surpreendeu todo mundo, incluindo seu principal interessado. Pois nada permitia prever tal fenômeno: somente Francis Dreyfus acreditava. E ele não estava enganado.

As consequências financeiras foram proveitosas para o músico e sua gravadora, mas artisticamente, nada seria como antes para Jean-Michel Jarre…

Relembremos os fatos deste sucesso mundial…

– Um disco “recusado por todas as gravadoras”:

Depois de meses compondo e gravando discretamente seu novo disco “Oxygène” no verão e outono de 1976, Jean-Michel Jarre mostrou o resultado para pessoas próximas. Não houve nenhum entusiasmo…

“Lembro da minha mãe me dizendo na época: ‘mas por que você batizou seu disco com o nome de um gás e por que enfiou um esqueleto na capa?’ Na verdade, eu não tinha ninguém do meu lado apostando que daria certo.” (noisey.vice.com 01/10/2015).

“Eu me lembro da Charlotte [Rampling], a mãe dos meus filhos, me dizendo: Nunca ouvi nada parecido. Será tudo ou nada.” (Mojo 264 11/2015).

Charlotte Rampling e J.M.Jarre

Charlotte Rampling e J.M.Jarre

Uma maneira educada de dizer que não seria nada! Segundo a lenda constantemente contada pelo principal interessado, “Oxygène” foi recusado por muitas gravadoras.

“Todo mundo nos recusou, incluindo o fundador da Island Records, Chris Blackwell. Blackwell disse:  Oque é isto? Sem bateria, faixas de 10 minutes, nunca vai tocar no rádio… E ainda por cima é francês!” (Mojo 264 11/2015).

Na verdade, se o álbum teve dificuldades de distribuição no início, especialmente no exterior, não foi difícil encontrar quem gravasse na França, pois Jarre já era contratado de Francis Dreyfus para gravar um álbum antes de março de 1977. Dreyfus, chefe de sua gravadora independente, que já tinha lançado os dois primeiros álbuns de Jarre e alguns singles, ficou imediatamente animado para lançá-lo em sua gravadora.

Danièle Feuillerat (da Francis Dreyfus Music): “[Francis Dreyfus] estava totalmente convencido e animado (…). Durante o mês de novembro de 1976 Francis reuniu seus funcionários muitas vezes para sentar e ouvir o disco bem alto em seu escritório. As janelas tremiam!” (jeanmicheljarre.es 30/10/2013).

Dreyfus: “Quando ouvi o álbum pela primeira vez, caí no chão: ‘Ok, temos um sucesso global’. Então [Jarre] disse: ‘Bem, bem, concordo.’ Foi um pouco cético. Eu estava completamente virado.” (Claviers magazine 6 01/1990).

Jean-Michel Jarre estava certamente cético sobre as chances de sucesso deste disco, pois assim que acabou a gravação de “Oxygène”, ele voltou a trabalhar arduamente em um novo disco de Juvet (“Paris by night”, com o título “Où Sont Les Femmes”) nos Estados Unidos e continuou a compor para Christophe (“La Dolce Vita”)!

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Patrick Juvet: “Où sont les femmes” e Christophe: “La Dolce Vita” (1977)

– O sucesso de público e crítica :

O álbum foi lançado em 5 de dezembro de 1976, na França, sob o selo da Disques Motors Records. O boca a boca começa a funcionar muito rapidamente, especialmente após o lançamento do álbum completo na rádio, especialmente para os canais da Europa 1 e Radio 1, na Inglaterra.

“Um dia, logo após o lançamento, eu estava andando pela rua com Francis Dreyfus, da minha gravadora, e passando pela Champs Records, uma pequena loja no Champs-Elysées, vimos Elton John saindo para fora com dez cópias de Oxygene. Eu sempre me lembrarei de Dreyfus me dizendo: “Bem, você vê, eu acho que isto vai funcionar!  (Risos)”  (liberation.fr 2015/08/10).

Além disso, para aumentar as vendas, Dreyfus mostrou imaginação e começou a usar uma rede de distribuição incomum…

F. Dreyfus:

“Nós tivemos a ideia de fazer cada loja um FM estéreo com um número limitado de ouvintes. Um caminhão de coisas a fazer. Demos a eles de presente um disco. Eles escutaram. Três dias depois, ligamos: “Podem vender os discos?”. Vendemos por este canal cerca de cinquenta mil cópias, foi uma revolução. As rádios chamaram Jean-Michel para dar entrevistas. De repente, tinha um impacto enorme…” (Claviers magazine 6 01/1990)”

Jarre recebe disco de ouro por Oxygene de Jacques Martin

Jarre recebe disco de ouro por Oxygene de Jacques Martin

De fato, 100.000 cópias foram vendidas em um mês na França, o que fez Jarre receber seu primeiro disco de ouro, a única certificação que existia na época. Entretanto alguns contratempos ainda aguardavam o compositor e seu editor, pois alguns discos foram devolvidos por causa de supostos defeitos técnicos.

“Quando o disco saiu houve devoluções porque as pessoas diziam que haviam defeitos de fabricação na gravação, porque começava com um ruído branco…” (liberation.fr 08/10/2015).

O disco foi inicialmente apoiado pela crítica que aprovava o conceito original e pouco comercial. “Oxygène” ganhou o notável prêmio da Académie Charles Cros, que apoiava desde 1948  projetos discográficos meritórios. Então, curiosamente, quando o sucesso chegou, as opiniões se inverteram…

“Em retrospectiva, o disco pode parecer fácil, mas não foi o caso. Ele foi visto antes de tudo como um disco de arte.” (liberation.fr 08/10/2015) “As pessoas bem conectadas vão apoiar o projeto quando não vai muito bem, pois quando “Oxygène” se tornou o número 1 aqui e acolá no mundo, eles tomaram uma atitude quase uma oposta e consideraram “Oxygène”, que algumas semanas antes era considerada como algo completamente underground, como um produto comercial. É muito estranho isso. Mas isso, unicamente na França, está ligado ao sucesso.” (Red Bull Music Academy, 16/05/2012).

Propagandas do álbum “Oxygène”

Divulgação de Oxygène na imprensa internacional

Isto foi um sucesso enorme… Os números de vendas cresceram rapidamente e deram vertigem. Na França, o disco ficou em nº 1 durante 18 semanas de acordo com o SNEP (Sindicato Nacional da Edição Fonográfica). As vendas totais chegaram a 1,7 milhão na França, (fonte: infodisc.fr), o que faz de “Oxygène”, o 25º disco mais vendido na França de todos os tempos. Se tivesse sido lançado após 1988, teria ganho disco de diamante.

Com o sucesso na terra natal, Dreyfus assina uma licença com a prestigiada gravadora Polydor para a distribuição internacional. Oxygène é lançado na Europa durante o verão de 1977. Mas Dreyfus quer ir ainda mais longe: ele mira na América e para tanto paga no final de 1977 páginas inteiras nas revistas de música influentes para promover sua joia.

A onda realmente se propaga nos trinta países onde o disco foi gradualmente lançado. É particularmente o caso do Reino Unido, onde “Oxygène” se tornou o nº 2 (OCC- Official Charts Company). O disco entra também no top 10 de vendas na Nova Zelândia, na Suécia, na Holanda, na Alemanha e na Áustria. Nos Estados Unidos, chegou ao 78º lugar da Billboard Top LP.

Oxygène ganha disco de ouro na Inglaterra, na Alemanha, nos Países Baixos, na Bélgica e na Suíça. Em 1979, 5 milhões de cópias foram vendidas em 34 países (La nouvelle revue du son 26/03/1979). As vendas totais no mundo todo, incluindo reedições, variam de 12 a 18 milhões de acordo com as fontes.

Reportagens na imprensa mundial

Reportagens na imprensa mundial

Feuillerat (de Francis Dreyfus Music): “Logo o disco se tornou um fenômeno e as vendas explodiram tanto na França quanto no exterior. Você pode imaginar a emoção no escritório, o frenesi de ordenar grandes pedidos à fábrica de prensagem, as vendas, as exportações, os jornais, rádio, televisão…” (jeanmicheljarre.es 30/10/2013).

Os singles também vendiam como água. A famosa “Oxygène IV” é um enorme sucesso no mundo inteiro. Em 1977, essa faixa estava em todas as rádios. Na França, o 45rpm, que foi prensado no início de 1977, entrou no top 100 em 4 de fevereiro e rapidamente chegou ao 3º lugar. No Reino Unido, a mesma faixa alcançou o 4º lugar. Assim também foi em países improváveis como Iugoslávia, Chile ou Zimbábue (!!!) que prensaram também este single para o mercado local. Alguns meses mais tarde, quando sai o segundo single do disco em 45rpm, “Oxygène 2”, Dreyfus decide refazer a capa para surfar no sucesso do disco colocando uma espécie de selo de certa forma abusivo com o texto “nº 1 na Inglaterra”…

Single "Oxygene 4"

Single “Oxygene 4”

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Single “Oxygene 2”

– Os frutos do sucesso::

Além de uma aura mundial, o disco rendeu uma fortuna ao seu compositor. Como diz Jarre em um programa de TV, “Oxygène” será sua maior fonte de renda. Esse suporte financeiro vai lhe dar a liberdade e os meios de se dedicar totalmente à sua arte. O compositor vai gastar seus lucros aumentando sua coleção de instrumentos: ele rapidamente adquire, entre outros, o famoso Moog 55 que antes estava fora de suas capacidades financeiras. Para seu novo disco, ele vai pagar os serviços em expediente integral de seu assistente Michel Geiss.

“O alcance de ‘Oxygène’ me permitiu realizar o que eu queria fazer há mais de dez anos, ou seja, poder trabalhar completamente sozinho no meu próprio estúdio com meu próprio material, sem restrição de tempo ou de equipamento.” (Rock and folk 03/1979).

Ele também irá adquirir uma mansão estilo Luís XIII em Croissy em 1978 para acomodar confortavelmente sua família: 800m² de área construída cercada por 4.000m² de área verde ao longo do  Rio Sena. É nesta casa de luxo que em breve irá elaborar planos para um estúdio pessoal profissional em que ele irá compor e gravar toda a sua discografia até a década de 2000.

“‘Oxygène’ me deixou rico, mas não tanto quanto se pensa. Naquele tempo, os agentes e as gravadoras estavam ganhando muito dinheiro. Assim, eu poderia comprar uma grande residência em Paris ou construir meu próprio estúdio, bem como uma casa em Londres.” (dailymail.co.uk 12/01/2008).

A residência de Jarre em Croissy-sur-Seine

Jean-Michel Jarre destrona Christophe da sua posição de artista principal da Disques Motors. Francis Dreyfus e sua gravadora também se beneficiam deste sucesso sem precedentes para expandir seus negócios.

Feuillerat (de Francis Dreyfus Music) : “[Foi] um sucesso bem vindo após anos de maus negócios. Muito dinheiro, muitos projetos com novos artistas nos quais o lucro foi investido, aumento da atividade editorial com bons contratos de sub-edição, isto mudou profundamente a sociedade. Assessores de imprensa foram contratados para nossos artistas pop/rock bem como pessoal administrativo. (…) Francis Dreyfus Music se tornou uma das principais gravadoras e editoras francesas.” (jeanmicheljarre.es 30/10/2013).

O reverso da medalha foi que a Francis Dreyfus Music passou a exercer uma nova pressão sobre sua galinha dos ovos de ouro e pressionar Jarre a produzir um novo disco que tenha a mesma cara. As restrições de prazo e busca de sucesso comercial vão roubar uma parte de sua liberdade artística.

“De repente, é verdade que eu sou promovido como artista discográfico, como artista intérprete, não somente como compositor. Isso muda muito as coisas.” (Les premiers pas, France 5, 2007) “Quando temos tal sucesso, é estranho… Um período ao mesmo tempo muito excitante e como que inocente. Você descobre que tem muitos novos amigos ao redor e é como se eles quisessem mais que você mesmo que o sucesso continue.” (dailymail.co.uk 12/01/2008) “O sucesso lhe tira a leveza e coloca uma pressão que precisa ser administrada a cada novo disco. (…) Como o sucesso está lá e há pessoas ao seu redor que dependem do que você faz, fica mais difícil, paradoxalmente.” (liberation.fr 08/10/2015).

Outra consequência deste sucesso é que a música do álbum passa a ser usada em muitos conceitos. O hit “Oxygène IV” é muito utilizado, sobretudo como fundo musical. Como exemplo, o programa “Basket”, de Jean-Loup Lafont na Europe 1, a utiliza, o que provoca uma reedição em 45rpm com a capa do programa. Sem duvida, este programa diário no final da tarde também contribuiu com a venda dos discos.

“Esta música tem me acompanhado pelo mundo todo. Às vezes ela chega até antes de mim. Como na Nova Zelândia, onde jamais estive e descobri que era o fundo musical dos letreiros finais do jornal na TV. (24 heures 13/04/2007) “É um disco que foi muito utilizado. Em muitas ocasiões, mas é sobretudo uma música que é muito utilizada em muitas áreas para as criações de balé, no cinema e, portanto, foi muito editada.” (Red Bull Academy Session, 16/05/2012) “As pessoas se apropriam desta música, com ou sem minha autorização. Não é tocando a música nos espaços públicos que um disco toca as pessoas, funciona ou não, como diz a imprensa. É o inverso.” (Lui n°256 05/1985).

No cinema também, o disco “Oxygène” é incluído na trilha sonora de muitos filmes incluindo “La Maladie de Hambourg” (França e Alemanha Ocidental, 1979), “Barnens ö” (Suécia, 1980) e principalmente “Gallipolli” (Austrália, 1981) graças ao qual saiu em 45rpm uma edição especial da faixa “Oxygène II” na Austrália.

“Oxygène” com os singles e etiquetas do programa de rádio “Basket” e do filme australiano “Gallipoli”

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Entre outros empréstimos, temas de “Oxygène” foram usados para ilustrar a abertura da Autoroute A4.

“Quando Oxygène foi lançado, a autoestrada francesa pro leste foi aberta e eles pediram pra usar a música de Oxygène, o que aconteceu. O curioso é que durante 3 meses, acredito, todas as bandas de todas as cidadezinhas que eram atravessadas pela rodovia tocaram Oxygène. Ele se tornou de repente uma espécie de tema rural na província francesa, o que era totalmente imprevisto.” (Tout et son contraire, FranceInfo 04/10/2016).

Mais surpreendente, “Oxygène” é usado por suam musicalidade relaxante, em programas médicos em especial

“Uma noite em Paris, um homem impressionante me abordou e disse ‘Senhor Jarre, estou feliz de lhe encontrar. Devo lhe dizer que minha mãe deu a luz ouvindo Oxygène. Cada vez que escuto esta música, ela me toca de uma maneira especial’. Este jovem nasceu em Montreuil em uma clínica particular na qual as mulheres dão à luz ao som de músicas, especialmente meu disco Oxygène, que foi lançado há quarenta anos”. (monsieursimon.fr 19/09/2015).

Além disso, tal fenômeno discográfico com certeza passa a expandir o público da música eletrônica, estilo e instrumentos então pouco conhecidos, e colocar Jarre na vanguarda deste movimento, particularmente na França.

“O disco contribuiu muito pra popularizar a música eletrônica. Depois  de ‘Oxygène’, as pessoas não mais a consideravam como uma coisa feita por um punhado de iluminados nos seus laboratórios.” (noisey.vice.com 01/10/2015) “Acho que neste momento muitas pessoas estão descobrindo o sintetizador, a música eletrônica, o fato de que podemos fazer música com instrumentos que as pessoas nem imaginam. Além disso, é interessante ver que muitos que escutaram ‘Oxygène’ na época não sabiam que era música eletrônica, não sabiam que era feita em sintetizadores.” (Red Bull Academy Session, 16/05/2012).

-Jean-Michel Jarre analisa o sucesso:

Difícil para Jean-Michel Jarre entender posteriormente por que a receita de Oxygène funcionou.

“O sucesso é a absolutamente inacreditável, ninguém esperava, a começar por mim é claro” (Red Bull Academy Session, 16/05/2012) “Eu não tinha a menor ideia do que ia acontecer. Virou um fenômeno com o qual as pessoas se identificam.” (liberation.fr 08/10/2015) “‘Oxygène” imediatamente captou, não sei bem, o espírito do momento… A gente não sabe por que motivo em um segundo uma criação, uma obra que você faz se acha em sintonia com a época e te catapulta à frente da cena internacionalmente.” (Les premiers pas, France 5, 2007).

No entanto, segundo ele, uma parte da resposta é certamente o próprio conceito do disco: música instrumental latina pegada de cultura sem ser pop francês.

“É difícil atravessar as fronteiras se a gente se isola em um tipo de música, a ‘chanson’ (a canção). Muitas barreiras aparecem: a língua, a cultura. O fato de que ‘Oxygène’ vender bem na Inglaterra mostra que certas coisas podem vir da França e ser bem colocadas no plano internacional. Quando eu digo ‘da França’, devo dizer ‘de países de cultura latina’ e se eu conheço um sucesso internacional, isso vem talvez do fato de que não ‘usar o francês’.” (Interview de Alain De Kuyssche 1977).

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O compositor também suspeita que o fato de não ter apresentado seu projeto como uma “apologia da máquina” e superação sobre seus recursos de sintetizadores não fechou seu projeto aos solitários iniciados destes instrumentos e aos fãs de ficção científica que contribuíram para sua universalidade.

“Há também o fato de que eu nunca coloquei a tecnologia na frente. Muitos não sabem que este disco foi feito com instrumentos eletrônicos e não com instrumentos conhecidos.” (noisey.vice.com 01/10/2015).

Após este incrível sucesso mundial em 1977, Jean-Michel Jarre rompe com Juvet e  Christophe e o mundo da variedade pop para seguir seu destino como compositor de música eletrônica que é o que o público espera dele. Em 1978, ele mergulha no trabalho por 9 meses para criar um novo disco inevitavelmente muito esperado, ainda que o compositor já saiba que uma figura premiada como ‘Oxygène’ não acontece duas vezes na carreira.

“O primeiro disco de sucesso é algo que não se repete jamais. Pois ele tem uma mistura de ambição e inocência. E esta inocência se perde depois do primeiro, sobretudo quando este álbum faz sucesso.” (Playboy 10/1980).

“O sucesso me pegou de surpresa, se bem que os períodos de estiagem me tenham assustado menos, de certa forma. Sempre acreditei que tanto o sucesso quanto o  fracasso são acidentes e que na verdade a vida de um artista, ou mesmo a vida inteira, é no intervalo [entre eles].” (liberation.fr 08/10/2015).

Texto original cedido gentilmente por JÉRÔME do aerozonejmj.fr – MERCI !!!

Tradução e revisão: Raphael Romero Barbosa – Obrigado.

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