JARRE PARTICIPA DE CONGRESSO INTERNACIONAL DA UNESCO NA CHINA

O músico francês Jean Michel Jarre (d) pioneiro revolucionário da música eletrônica nos anos setenta e oitenta, com Jan Pronk (e), professor e presidente da Sociedade para o Desenvolvimento Internacional holandês, durante sua participação na conferência sobre cultura e desenvolvimento sustentável da UNESCO realizada esta semana.

A diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, abriu em 15 de maio de 2013, o congresso internacional da UNESCO “Colocando a cultura e a criatividade no centro do desenvolvimento”, em Hangzhou (China), com representantes de governos, especialistas e ONGs, para incluir a cultura como fator-chave presente nas políticas de desenvolvimento da humanidade.

Esta é a primeira conferência deste tipo, desde o encontro de Estocolmo, Suécia em 1998, e desta vez com uma proposta conjunta entre a China e a UNESCO, para responder a crescente importância de se levar à cultura pra o desenvolvimento de diversos países.

“É algo novo que vem surgindo neste mundo, fazendo com que o papel da cultura no desenvolvimento sustentável seja cada vez mais importante”, disse à Agência Efe a diretor-geral, Irina Bokova.

Alguns Embaixadores da Boa Vontade da UNESCO, como o músico francês Jean Michel Jarre (que neste mês completa 20 anos na entidade) e o compositor chinês Tan Dun, estiveram presentes ao encontro.

Falando a Agência Efe, Jarre disse: “…a cultura deve ser considerada tão importante quanto é hoje o meio ambiente.” O músico, está convencido do poder da arte e da educação e a este respeito, disse que “o mais importante (da conferência) é convencer a comunidade internacional de que a cultura não é um conceito abstrato, mas deve ser considerada hoje como tínhamos considerado a ecologia e o meio ambiente há 30 anos atrás.”

O músico francês Jean Michel Jarre (d) pioneiro revolucionário da música eletrônica nos anos setenta e oitenta, com Jan Pronk (e), professor e presidente da Sociedade para o Desenvolvimento Internacional holandês, durante sua participação na conferência sobre cultura e desenvolvimento sustentável da UNESCO realizada esta semana.

“Mais ou menos na época que eu compus ‘Oxygene’ (1976), nos sentíamos um pouco menos quando falávamos em defender o planeta”, disse ele, mas “pouco a pouco descobrimos que (a natureza) foi se tornando uma preocupação cada vez mais importante.”

“E hoje, apesar de nem todas as pessoas separarem o lixo adequadamente, mesmo quando se afastando, estamos todos conscientes de que temos que prestar um pouco de atenção ao nosso planeta para as gerações futuras”, Jarre previu que algo semelhante vai acontecer com a conscientização sobre a importância da cultura: “Temos a noção de interessantes culturas ao redor do mundo e ao mesmo tempo isto não interessa a ninguém, porque é muito abstrato.”

“Quando não existe nada, ela continua, quando os países e a moral das pessoas são arruinados, seja por guerras, desastres naturais ou problemas de qualquer natureza que enfraquece a sociedade, para acabarem com a cultura as formas de expressão são o oxigênio da alma e o último fundamento de que, finalmente, nos une.”

Jarre, que foi primeiro músico ocidental a tocar na China comunista desde sua fundação em 1949, disse o que o país “é um bom exemplo de como a cultura e a expressão artística pode coletar e conciliar”. “A primeira vez que eu vim para a China foi apenas logo após a prisão da ‘Gangue dos quatro’, que veio depois da Era Mao, no início dos anos oitenta”, lembra Jarre do país tão diferente da China de hoje.

“Foi uma espécie de um acidente vascular cerebral, um povo que tinha cortado todo o contato com o mundo exterior sobre a cultura, como havia muitas pessoas que não tinham idéia do que era a nossa música, nossos filmes, nossa literatura do Ocidente e pudemos abrir de alguma forma, uma porta ou uma janela para o mundo”, disse Jarre.

O mesmo foi demonstrado na América do Sul, ele disse, “onde há uma cultura tão importante e onde, em tempos de grande crise econômica, a música, o cinema, a pintura ,a literatura, são as últimas paredes da civilização, permitindo-nos saber que ainda estamos vivos e que nós pertencemos a uma comunidade.”

“Então eu acho que o interesse deste fórum é que todos nós estamos conscientes de que a cultura é uma prioridade tão importante quanto o meio ambiente, para que possamos dizer que devemos começar a falar sobre a cultura sustentável.”

“Para que os governos compreendam que os povos nas ruas precisam entender isso, e isso requer que os coloquemos os meios de comunicação relevantes para isto”, acrescentou o músico.

Assim, é importante que “tanto nós, os artistas, quanto vocês, a imprensa, que contribuem para as pessoas na rua compreendam o que é a cultura, também para seus filhos, seus pais, e para as gerações que vierem depois, é algo essencial”, finalizou Jean Michel Jarre.

Fontes: UNESCO.ORG

http://es.noticias.yahoo.com/jean-michel-jarre-cree-cultura-importante-medio-ambiente-151100209.html

http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5jVfKepyFWsdBYRpi2PDlKaFccNMQ?docId=2038921

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Marcos Paulo
Fã Clube criado em 1997 nos primórdios da internet no Brasil. Buscamos sempre a realização de ao menos uma apresentação do Maestro Jean Michel Jarre em nosso país.